Valor Divino do Humano - Jesus Urteaga Lodi

Compreendi a frialdade dessas almas quando senti no meu íntimo aquele repto que refletiam os olhos dos pagãos: “Demonstrai-nos com vossas vidas que Cristo vive!”.Valor Divino do Humano - Jesus Urteaga Lodi

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

NOVELAS


Um leitor (não vou citar o nome), em texto publicado no Espaço Do Leitor de um jornal da Bahia, critica a atitude do apresentador Carlos Alberto de Nóbrega, no SBT, em não tirar o chapéu para as novelas da Globo por entender que “os conteúdos exibidos, nas tramas, eram apologias constantes à destruição da união familiar”, e alega que “tais novelas só expressam as mazelas sociais da atualidade no nosso País”.

O leitor pelo visto não deve morar no Brasil, senão saberia que o telespectador brasileiro que está interessado em saber das “atualidades no nosso País”, liga o telejornal e não a novela.

Desde a criação da televisão no Brasil, a novela tem sido modelador de opinião. O telespectador de novelas se identifica com os personagens, se sente dentro da trama, torna o tema da novela que assiste motivo de conversa com familiares e amigos e, principalmente, IMITA o que vê na telinha.
Até quem não assiste novelas sabe o tema que está sendo tratado nas novelas só de entrar nas lojas no seu dia a dia. Roupas, bijuterias, e outros artigos usados nas novelas são consumidos massivamente, crianças que nascem durante a exibição de uma determinada novela recebe o nome do(a) personagem principal. 

Até artistas de novela quando andando na rua da sua cidade são confundidos com seu personagem. Quem desconhece esta situação?

Por isso é tão importante que as novelas não sejam modelos de destruição da família, de exemplos de vícios e contra-valores.
Infelizmente os autores e diretores de novelas não têm consciência da responsabilidade social de que estão incumbidos, e em nome da “liberdade de expressão”, lançam nos lares brasileiros qualquer história que lhes renda audiência e lucro, mesmo que seja um lixo.

Assim assistimos a triste realidade de pessoas que poderiam ter uma vida limpa e exemplar, virarem “prostitutas psicológicas” ao querer se igualar às personagens desse tipo de vida tão bem “pintadinhas de santa” pela equipe de novelas.

Eu “tiro o chapéu” para Carlos Alberto de Nóbrega.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

PERSEGUIÇÃO RELIGIOSA


Quem pensa que a perseguição religiosa acabou com o último César da Roma antiga, se engana totalmente. Hoje em dia a perseguição é mais dissimulada, escondida, como quem não quer nada, mas ai está ela.
Num artigo sobre a concisão de liberdade a um rapaz que tinha cometido assassinato (não vou citar o nome), um conceituado jornal (também não quero citar para não desprestigiar), o título é iniciado por: “Ex-seminarista...”
Seminarista por acaso é profissão? É cargo numa firma? Nem uma nem outra coisa. Um seminarista é apenas um “estudante de um seminário”.
Se o crime tivesse sido praticado pelo dono do açougue a imprensa teria publicado: “Comerciante é acusado de...” e não “Ex-estudante de segundo grau... (ou de primeiro ou que fosse)”.
Se tivesse sido praticado por um advogado, engenheiro, arquiteto, ou qualquer outro profissional, seria também qualificado pelo seu título. O pai do acusado é qualificado como: “publicitário” e como “empresário”, e a madrasta, tal vez por falta de profissão específica, nem qualificação foi-lhe atribuída.
Se o rapaz trabalhava na empresa do pai, e logicamente tinha algum cargo, por que não foi qualificado pelo cargo que ocupava em vez de ser-lo por um estudo que não mais realizava? Porque “EX”, significa que NÃO É MAIS.
A razão é simples: Ex-seminarista liga logo o pensamento à Igreja Católica, e a intenção é essa mesma: denegrir a Igreja.
Reconheço que o texto precise de sinônimos para não se tornar repetitivo, a boa gramática assim o exige, mas o rapaz, além do seu próprio nome, poderia ter sido nomeado por: “o acusado”, “o filho do empresário”, “o suspeito”, “o jovem”; mas no artigo além do seu nome, só uma vez aparece “o jovem”, já a expressão “ex-seminarista” está 5 (cinco) vezes.
Negar que a expressão foi colocada intencionalmente, é ingênuo, salta a vista. É um claro caso de perseguição ou discriminação religiosa, disfarçada, sutil, mas que de tanto ir se repetindo vai criando na sociedade uma antipatia pela Igreja e seus membros, uma mentalidade anti-religiosa bem conveniente.