A
tarefa de educar é mais ampla que a simples informação de assuntos de história,
geografia, matemática, línguas, etc.
A
educação visa FORMAR o indivíduo na sua totalidade para que esteja apto para a
vida em sociedade e o desenvolvimento de todas as suas capacidades.
Será
que nossos educadores formam nossos filhos ou apenas lhe fornecem todas as
informações constantes no currículo do Ministério da Educação?
Um
tempo atrás estava na sala de espera do hospital da minha cidade acompanhando
um doente e chamou-me a atenção a música forte que enchia todo o recinto.
Perguntei ao atendente como poderia ser que um hospital onde se deve guardar
silêncio tivesse uma música nesse volumem. A resposta foi: “é a escola na outra
quadra que está de festa”.
Cabe
a pergunta: nessa escola o ensino dos “direitos humanos” se vivencia ou apenas
mandam decorar a Declaração dos Direitos Humanos? Cidadania se restringe a
decorar forma de governo, mexer na maquininha do voto ou se ensina o “respeito
ao cidadão”?
Pelo
visto é só decoreba!! Se a própria diretoria da escola não respeita o hospital
que tem a 50m, como pode “educar no respeito” aos seus alunos?
Que
tipo de “educação” receberam os alunos nesse dia de festa?
O
(a) diretor(a) da instituição poderia ter dado uma chave de ouro ao evento e
realmente “educado na cidadania” se tivesse falado aos alunos: “hoje estamos em
festa, mas temos um hospital aqui perto, então vamos colocar a música baixinho
para nos divertir sem incomodar os doentes que precisam de silêncio”. Isso é
EDUCAÇÃO. Ao contrário o que a escola ensinou nesse dia foi o desrespeito, o “faço o que eu
quero e os incomodados que se mudem”.
Serão
esses alunos os que mais tarde vão comprar um som com volume para um ginásio e
coloca-lo na sala de 12m2 no último volumem obrigando o prédio todo,
ou a vizinhança toda a “aturar” sua música.
São
esses alunos que vão comprar um som automotivo (paredão) e sair pela cidade
toda invadindo as casas com o som sem se importar se tem pessoas que trabalham
a noite e precisam dormir de dia, se tem pessoas doentes, idosas ou bebês, nada
lhes importará, apenas o seu ego. Se na minha escola o som era do jeito que
queríamos por que não posso fazer o mesmo na MINHA casa, no MEU carro...?
Um
eu que não tem limites, “se EU quero então EU posso”, era assim na escola...
Mais
tarde esses alunos serão empresários, servidores públicos, governantes, e que
legado levam para o desempenho das suas atividades? O ensino da escola: “faço o que eu
quero e os incomodados que se mudem”.
Podem
então nos surpreender as notícias do jornal?