Valor Divino do Humano - Jesus Urteaga Lodi

Compreendi a frialdade dessas almas quando senti no meu íntimo aquele repto que refletiam os olhos dos pagãos: “Demonstrai-nos com vossas vidas que Cristo vive!”.Valor Divino do Humano - Jesus Urteaga Lodi

quinta-feira, 17 de julho de 2008

A MORTE COMO SOLUÇÃO

Quem que more numa cidade grande não se deparou algum dia com aquela chantagem disfarçada de pedido? Aquele homem ou mulher de cara ameaçadora que sobe na condução ou se acerca ao carro num sinal fechado pedindo dinheiro dizendo: “ é melhor pedir do que roubar”
Sempre que ouço essa frase tenho vontade de responder: “é melhor TRABALHAR do que pedir”.
Mas não vou escrever sobre esmolas, apenas esta situação me veio em mente hoje ao ler o jornal.
Um artigo do jornal que compro, intitulado: “Triste realidade social” gastou 1/6 de página argumentando que a morte de inocentes é a solução dos problemas sócio-econômicos do Brasil.
O autor coloca o aborto como solução para a mulher que não tem condições de alimentar o filho gerado, a laqueação como necessária para diminuir a população cada dia mais faminta. Apela às “três esferas do poder público” para “dotar suas unidades hospitalares de estruturas próprias e adequadas para todos que desejarem não mais procriar “.
E eu respondo da mesma maneira que à chantagem do pedinte: “as três esferas do poder público devem REVERTER o dinheiro dos impostos em serviços à população, e não ANULAR sumariamente a população”. Para isso é que foram votados, não para guardar para si através de salários de marajá, mensalões, cartões cooperativos, gastos particulares (e luxos também) pagos com dinheiro público.
Se a população tivesse emprego com salários dignos, podia “procriar” (para usar a palavra do autor da matéria) à vontade...
Se as mulheres tivessem garantida a creche gratuita para deixar seus filhos enquanto trabalham as crianças não estariam sem lugar para brincar como o autor do texto sustenta...
Se os professores fossem pagos dignamente e as escolas fossem em quantidade necessária, não faltaria a educação...
Se as forças de segurança fossem instruídas, equipadas e pagas como deveriam, não haveria a possibilidade de essas crianças serem “corrompidos para a triste sina do tráfico” como alegado no artigo...
O que está faltando não são leis ou medidas que autorizem a morte de brasileiros que ainda não viram a luz do sol, mas que o autor do artigo já está desprezando, o que falta é nossos governantes TOMAREM VERGONHA NA CARA. Desculpem se estou sendo grossa, mas sou MULHER, e não aceito que outra(s) mulher(es) sejam PUNIDAS com a morte dos seus filhos ou PROIBIDAS do exercer seu direito materno apenas porque moram num país onde os ricos detêm o poder e o dinheiro e jogam no lixo o resto da população, pois é isso o que o autor no fundo está insinuando no artigo.

segunda-feira, 5 de maio de 2008

O CASO ISABELLA

Toda a sociedade brasilera está indignada com o acontecido à menina Isabella Nardoni, de 5 anos.

Revolta a idéia de um pai (ou uma mãe), matarem a sua própria filha.

Uma criança inocente, com apenas 5 anos, que não pode se defender sendo morta pela pessoa que ela mais ama.

E se em lugar de 5 anos, tivesse 3 anos? Seria ainda mais revoltante pois é ainda mais indefessa, nem pode gritar “para pai!”, como os vizinhos ouviram Isabella gritar.

E se tivesse apenas 1 ano? Ai a população já teria linchado o pai!! Imagina!! Um aninho... nem correr para se esconder pode... apenas chorar...

E se fosse tão pequena que nem pudesse chorar? Nem pudesse olhar seu assassino com olhos de tristeza ou de dor?

Ah..., mas nesse caso a sociedade nem se importaria!! Ninguém sairia em defesa da criança, ninguém pederia cadeia para o(a) assassino(a), muito menos pena de morte como certas pessoas estão pedindo para o pai de Isabella, que nada!!

Não estão vendo, então não existe. Está encoberta pela pele da barriga da mãe, então não podem ver o rostrinho lindo e risonho, então pode morrer... pode ser abortada... que é o mesmo que ser assassinada, o fim é o mesmo, a criança é a mesma, com mais ou menos idade, mas é a mesma criança.

Se Isabella tivesse sido morta aos 9, 8, 7, 6, 5... meses de gravidez ninguém teria saído à rua com cartazes de “pena de morte para o assassino”, a polícia não teria prendido ninguém, e a menina seria A MESMA ISABELLA... com menos idade.

sábado, 3 de maio de 2008

SOCIALISMO E DITADURA MILITAR

O tempo da ditadura militar foi uma página negra na história brasileira e de outros países da América Latina.

Jovens com o grande ideal do socialismo aprendido de Karl Marx perderam emprego, amigos, família e até a vida na tentativa de implantar uma sociedade mais justa.

Cuba e a então União Soviética eram os modelos admirados, e foi nesses países que muitas vezes nossos jovens conseguiram encorajamento e apoio para sua luta.

Passaram-se os anos. Qual foi o resultado? Os países socialistas são o paraíso prometido por Karl Marx, Che Guevara e outros?

Se fosse, a ilha de Cuba estaria com problemas de superlotação tentando arranjar lugar para tantas pessoas desejosas de morar no paraíso socialista. O Muro de Berlin ainda estaria detendo a entrada no mundo oriental de fugitivos do capitalismo (ou era ao contrário?).

O socialismo fracassou. Cuba não consegue nem reter seus próprios filhos que fogem arriscando a vida numa travessia de barco sob a mira das armas do exército cubano. A foto amplamente conhecida de um jovem enfrentando uma fila de tanques do exército na China comunista em 1989, não precisa de comentários. O muro de Berlim caiu, jovens idealistas derrubaram o muro que seus pais construíram com o mesmo entusiasmo.

Mas, por quê? Lembro da época da faculdade. Os colegas ativistas faziam propaganda de suas idéias falando da população desatendida nos postos de saúde, morrendo nas filas sem atendimento, hoje acontece o mesmo depois de quase dois mandatos de governo do socialista Lula.

O motivo é outro. O socialismo fracassou, e fracassará sempre porque parte de um pré-suposto errado: considera que todos os homens são exatamente iguais.

Os seres humanos são iguais e diferentes ao mesmo tempo. São iguais na sua DIGNIDADE, se for religioso, na sua dignidade de filhos de Deus. São diferentes nas suas aptidões, nas suas respostas à vida. Como diz o velho ditado: “depois que Deus nos criou, quebrou o molde”. Uma igualação ao estilo do livro “Admirável Mundo Novo” não passa de uma utopia.

Os melhores atletas eram da antiga União Soviética, lembram? Muitos atletas invejavam seus colegas russos, pois achavam uma beleza poder fazer esporte sem ter que pagar academia, sem tem que treinar em hora extra depois do trabalho roubando o tempo do descanso, e ainda por cima ganhando salário! Então, por que tantos atletas ou dançarinos russos aproveitavam as olimpíadas ou apresentações fora de seu país para fugir pedindo asilo político? Porque aptidão física não é necessariamente vocação, não sempre aquilo que temos capacidade de fazer melhor, é o que gostamos de fazer. E aí, como fica a liberdade da pessoa?

Ai está o ponto crucial: LIBERDADE. O ser humano é livre por natureza, tire a liberdade dele e terá um rebelde, inconformado. O ser humano não sabe viver “em cativeiro”. Foi essa falta de liberdade de seguir seus ideais que levou tantos jovens a enfrentar a ditadura militar, e levou outros jovens a lutar ou fugir dos seus países socialistas.

Será então que o capitalismo é o melhor modelo social? A solução? Nem uma coisa, nem outra. O capitalismo tal qual existe, gera desigualdade social, cultural e econômica.

Qual a solução? Isso será assunto de outra matéria.