Valor Divino do Humano - Jesus Urteaga Lodi

Compreendi a frialdade dessas almas quando senti no meu íntimo aquele repto que refletiam os olhos dos pagãos: “Demonstrai-nos com vossas vidas que Cristo vive!”.Valor Divino do Humano - Jesus Urteaga Lodi

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

O Mistério do Natal



 
 O Mistério do Natal
Autor: Jacques Loew


Os foguetes dos cosmonautas
atingem os outros planetas:
um milhão de quilômetros é a medida.





Inversamente, o microscópio eletrônico
atravessa a barreira do milionésimo de milímetro:
descobre-se um novo mundo de espantosa beleza.

O próprio tempo se alarga:
As grutas pré-históricas revelam,
nos nossos ancestrais de há vinte mil anos,
um gênio artístico ainda não ultrapassado.

Os utensílios dos primeiros homens levam-nos
a quinhentos mil anos atrás, talvez mais...

Em dez anos o nosso mundo cresceu mil vezes.

E, em tudo isso, o que significa o mistério do Natal?
Ele se torna ainda mais espantoso!

Tão simples sempre...
Uma criança, uma mãe...
Mas, com o sempre, insondável...

O infinito de Deus na fragilidade de uma criança,
nascida de uma mulher...

Este fato único ultrapassa
todas as dimensões humanas.

E, no entanto, a expansão prodigiosa do mundo atual
dá, ao mistério do Natal,
uma dimensão nova,
porque a altura e a largura do universo
e a profundidade dos séculos
convergem para o centro do espaço e do tempo

O PRESÉPIO DE BELÉM



terça-feira, 19 de junho de 2012

PARA QUE O AMOR SEJA ETERNO


A conhecida frase; “até que a morte nos separe” está cada vez mais, sendo substituída pela: “até que a vida nos separe”. Mas, será mesmo que as vicissitudes da vida podem acabar com o amor conjugal?
Alguém consegue deixar de se amar a si mesmo (exceto casos de depressão patológica) por causa dos problemas da dia a dia?
Não tenho visto nenhum idoso se odiando a si mesmo apesar de ter convivido consigo mesmo tantos anos, mesmo os que reconhecem ter muitos defeitos.
Então, não é o AMOR que morre por si mesmo, somos nós que o matamos ou simplesmente deixamos definhar.
É verdade que não existe um “manual” para ensinar a viver, mas algumas dicas podem nos guiar para manter acessa a chama do nosso amor conjugal a vida toda.
DICA nº 1: ...E EU?
Exemplo: se um dia dormimos mais da conta, levantamos tarde, e por causa disso chegamos atrasados ao trabalho, será que passamos a nos recriminar? Ficamos discutindo conosco e nos tratamos de preguiçosos e irresponsáveis? NÃO, mas se é o conjugue a dormir demais... ah!! ele vai ouvir!!
Dica: cada vez que o conjugue faça ou diga alguma coisa que incomode, antes de recriminar, ou fechar a cara, parar um instante e pensar: “e eu?" eu nunca faço a mesma coisa? Eu não tenho outro defeito do mesmo calibre ou pior?
Começar a pensar nos nossos defeitos que devemos melhorar e dizer: “quando eu conseguir vencer tal defeito, ai eu vou reclamar do meu marido (esposa)". Garanto que não passam 10 minutos que a bronca foi-se embora, e o amor pelo conjugue ficou intacto, ou até melhorou.
DICA nº 2: O QUE FEZ ME APAIXONAR POR ELE?
Quando nos apaixonamos por uma pessoa é porque alguma ou várias facetas da sua personalidade nos tocaram no mais íntimo.
Mas o tempo do namoro é curto para conhecer TODAS as facetas da personalidade da outra pessoa. Só com 6 anos de convivência poderíamos dizer que conhecemos realmente nosso marido (esposa).
Assim, pode ser que várias facetas da personalidade de nosso companheiro (a) não sejam do nosso agrado. Mas isso não é motivo para o amor acabar.
Costumo dizer que na história da humanidade só existiu 1(um) homem perfeito: Jesuscristo e não casou com ninguém, e só 1(uma) mulher perfeita: Santa Maria, o resto dos mortais, todos sem exceção temos defeitos. E para quem não é cristão, nem sequer tem esses dois.
Então, o que fazer quando aquela faceta do meu conjugue me irrita ou me incomoda?
Dica: assim que se sentir incomodado (a) por qualquer atitude do outro, parar por um instante e pensar: “o que fez eu me apaixonar?” Começar a pensar naquilo que gosto do meu companheiro, pensar em tudo de bom que ele tem, nas coisas boas que fez e faz para mim, pode até fazer uma lista de tudo o que admira no outro. Num instante o amor em lugar de diminuir, aumenta.
DICA nº 3: BEIJO CURA MAU HUMOR (especial para as mulheres)
É inevitável que na convivência continua de 2 personalidades distintas, cada uma com seu próprio EU, não aconteçam pequenos atritos com pouca importância, mas que são pequenos grãos de areia que podem ter o mesmo efeito que areia no sapato: incomodam até não deixar caminhar mais.
Dica: quando aquele gesto, aquela palavra, aquela situação a (o) deixar com mau humor em relação ao seu conjugue, vai até ele (ela) e dê um beijo.  Pode ser uma simples bitoca no braço, no rosto ou no ombro, e que ele (ela) nem perceba, mas tem um efeito inusitado em quem dá, é só experimentar. Se a bronca for grande pode precisar de mais de um, não poupe, beijo é grátis e o estoque nunca acaba.
Beijo é amor, e o amor tudo conserta.

Autora: Lilia Diana

terça-feira, 29 de maio de 2012

O SACRIFÍCIO DE NOSSA SENHORA


Muito tem se falado sobre a virgindade de Nossa Senhora. A tradição nos fala de Maria ter oferecido sua virgindade a Deus desde moça. Muitos autores espirituais consideram que assim Nossa Senhora humildemente substraia-se à possibilidade de ser Mãe do Salvador, sacrificando-se ao renunciar a tão alta honra.

Eu considero que a situação é exatamente ao contrário. As promessas messiânicas falavam que “uma virgem dará a luz”. Maria não desconhecia as escrituras. Permanecendo virgem não renunciava, senão se doava a essa possibilidade. Com esta visão o sacrifício não desaparece, pelo contrário, se acentua.

Devemos considerar os fatos com a visão da época. Hoje em dia, uma mulher decidir não ter filhos é considerado apenas uma “opção de vida”, e se a mulher tem uma vida profissional muito ativa, fica até bem justificada aos olhos da nossa sociedade.

Na sociedade israelense daquela época era totalmente oposto: não ter filhos era um opróbrio, uma desonra. No primeiro Livro de Samuel, aparece Ana, esposa de Elcana, chorando seu desespero na escadaria do templo porque era atormentada pela outra esposa, Fenena, pois Ana era estéril, ao passo que sua rival tinha 2 filhos, (1 Samuel, 1). Isabel, mãe de São João Batista, ao ver-se grávida exclama: Eis a graça que o Senhor me fez, quando lançou os olhos sobre mim para tirar o meu opróbrio dentre os homens. (São Lucas1, 25). A fertilidade era vista como um dom de Deus aos justos, e a esterilidade como um castigo ao pecador.

Maria, ao decidir permanecer virgem, sabia que seria desprezada, mal falada. O que se passou pelo coração dessa moça para tomar essa decisão?
Possivelmente veria com pena que todas as mulheres corriam ao matrimônio para não se arriscarem a serem improdutivas. Ninguém queria se “arriscar” a ficar virgem para “tal vez” Deus decidir fazer-la mãe do Messias.
Maria no seu imenso amor a Deus e sua perfeita disponibilidade aceita “correr o risco” e se entrega totalmente à vontade divina, sabendo que não tinha nenhuma garantia.

Possivelmente compartilhou com José sua decisão. Alguns autores acham que José ao saber da gravidez de Maria, percebeu que ela tinha sido escolhida como a mãe do Salvador, e não se achou digno de ter que exercer autoridade sobre o seu Deus (autoridade de pai sobre o filho) e decide afastar-se. Mas, como ele iria permitir que fosse difamada a mãe do seu Senhor? Por isso a sua atitude de deixar Maria “em segredo”, resolvia os dois problemas.

Maria e José, escolhidos desde o início dos tempos, e unidos pela Graça de Deus, foram os instrumentos perfeitos da nossa salvação. Assim como dizemos que Jesus veio a nós pelo "sim" de Maria, também podemos dizer que veio pelo "sim" de José.

Autora: Lilia Diana

quinta-feira, 10 de maio de 2012

O que o CSI não falou



Assisti ontem a um capítulo do CSI, não sei qual temporada. O tema era o assassinato de um pára-quedista que morreu ao saltar com um pára-quedas sabotado.

A vítima era um homem casado e sem filhos. No decorrer da história se descobre que era pai de mais de 100 filhos nascidos do sêmen que ele doou na época de estudante para arrecadar dinheiro para pagar a faculdade.

Evidente que todos os filhos e alguns pais foram suspeitos do crime. Dentre eles quem chamou minha atenção foi um pai que chorava a morte da filha ainda novinha vítima de uma doença genética transmitida pelo doador que não declarou possuí-la na hora da venda do sêmen.

O CSI investigou e achou o culpado, mas nada disse a esse pai que pudesse dar-lhe consolo.

As palavras do pai: “ele matou minha filha”.

O que se pode dizer?

Eu diria: ele não matou sua filha, ele deu a vida a sua filha. Sua filha nasceu do sêmen dele, foi uma vida curta, mas com certeza com muito amor para ser lembrada com tanta dor.

Se essa pessoa não tivesse doado seu sêmen, o senhor teria mesmo assim uma filha ou um filho nascidos do sêmen de outro doador, mas não seria a mesma filha, única e irrepetível, com esse rostinho, com esse sorriso, com essa voz.

Por que lembrar sua morte em lugar de lembrar sua vida?

Por que ficar anos a fio chorando a morte de um ser querido em lugar de ficar lembrando tudo o de bom que esse ser viveu conosco, tudo aquilo que nos deu, o quanto nos amou?

autora: Lilia Diana

segunda-feira, 16 de abril de 2012

QUEM VAI DEFENDÊ-LOS?


Lendo o Jornal A Tarde de domingo 15 de abril de 2012, me deparei com um artigo que me fez pensar e refletir. Logo veio na minha mente uma historinha ilustrativa que vou contar:

Tereza, solteira, assalariada, ganhando salário mínimo, vive com sua mãe dona Maria, aposentada, também ganhando salário mínimo, numa casinha alugada num bairro pobre.
Certo dia dona Maria adoece e é internada. Um mês depois, já medicada e passando melhor, o médico chama Tereza e diz: “filha, tua mãe tem uma doença incurável, tem apenas 9 meses de vida, não podemos fazer mais nada além de aliviar a dor. Leva ela pra casa, dá estes remédios e fica cuidando dela”.
Tereza responde: “Doutor, eu não posso ficar em casa cuidando da minha mãe e deixar de trabalhar, nem nosso dinheiro dá para pagar uma pessoa para cuidar dela. Doutor, por que não acaba com a vida dela agora? Por que não me garantir o direito de não carregar por 9 meses um ser que não vai sobreviver?

Parece chocante e inumano, mas é esse o argumento [“...garantir às mulheres o direito de não carregar na barriga por nove meses um feto que não vai sobreviver...”] enarbolado pelo autor do artigo do jornal que demonstra desprezo e pré-conceito desde o título: “Guerra santa e faniquitos clericais”.

No artigo onde quase a totalidade das palavras são pejorativas, o autor ataca os grupos religiosos contrários ao aborto de anencefalos que lutaram semana passada contra a lei que permite a morte desses inocentes, e olha que, ao contrário da personagem da minha historinha, o nasciturno nem vai dar trabalho, nem a mãe vai ter que deixar de trabalhar, nem precisar pagar alguém para cuidar...

Agora eu pergunto:

Quem mais vai defender esses coitados sem voz nem voto?

O Governo? Esses governantes que inventam mil impostos (tipo CPMF) com a escusa de aparelhar hospitais, mas depois usam os recursos para engordar contas particulares em paraísos fiscais?

NÃO, para o SUS sai mais barato pagar um aborto nos primeiros meses de gravidez, do que sustentar um pré-natal e pagar um parto ou cesárea...$$$$$

Os médicos? Esses profissionais que se supõe que estudaram para salvar vidas, mas (não todos) na prática fazem distinção de atendimento entre pacientes particulares e de plano de saúde, ou dormem nos plantões em que deveriam estar alerta e atendendo?

NÃO, se eles tem tão pouco respeito pelo cliente que não se importam de deixá-lo esperando horas a fio para ser atendido, vai se importar por um QUASE cliente que não vai frequentar seu consultório? (Obs.: eu também sou profissional liberal e, se nos meus mais de 35 anos de serviço tivesse deixado meus clientes esperando a metade do que eu espero nas salas de espera de médicos, teria perdido 90% dos meus clientes antes mesmo de fazer o serviço.)

A sociedade viciada em novelas? Aquelas mentes moldadas dia a dia paulatinamente durante anos a fio com idéias de individualismo, egocentrismo, comodismo, superficialidade e principalmente contra-valores?

NÃO, esses seres pensam só em si mesmos; MEU corpo, MINHA vontade, MINHA necessidade, MEUS direitos, MEUS gostos, MINHA conveniência, os dos outros? Só se servem para MIM!! Se me dão algum tio de lucro ou satisfação. Tadinhos dos anencéfalos que não vão dar lucro nem satisfação!!! Ao lixo com eles! e o mais rápido possível para poder curtir uma prainha com meu novo biquíni de griffe.

Restou mais alguém para defendê-los? Só os religiosos e as pessoas que ainda pensam e se preocupam com os direitos dos outros sem se importar de serem rotulados de “moralistas”, “fanáticos”, etc.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

UM SONHO E ... UMA REALIDADE PARA COMPARTILHAR


Tive um sonho, um sonho que lembrarei toda minha vida, e uma realidade, por que não compartilhar-los como uma experiência de vida?
Um sonho profundo, profundo e belo, uma imagem muito doce, uma voz muito suave e delicados movimentos. Sua mão convidando-me para me acercar para conhecê-la, que eu fosse até Ela, sua imagem descia desde o altar da igreja da minha juventude.
Sim, era, a imagem da nossa Mãe, Maria, Mãe de Jesus, sua ternura invadia-me, o temor não existia, porém tinha um quê de diferente, sim, a cor da sua pele era morena.
O despertar encheu-se de perguntas que ficaram sem respostas, por que? Qual era o motivo do seu chamado? Nunca tinha visto uma imagem da Virgem com pele morena.
Passaram-se os anos e o sonho só ia ficando numa lembrança cada vez mais longínqua, porém, algo aconteceu, algo fez brotar as lembranças como uma luz, uma brilhante luz iluminando o caminho que devia percorrer, visitando os tios que residem no Rio de Janeiro algo aconteceu, estávamos apreciando o Cristo sobre o Corcovado, clássico do lugar, porém recebi um forte impulso, a minha curiosidade por ver o que havia na base do Cristo, apressado desci e abri uma porta, Deus, minhas pernas tremiam e não podia falar, frente a mim estava a imagem da Virgem morena do meu sonho.
Essa imagem da Virgem morena ficou na lembrança, uma lembrança e algo para contar.
Passaram-se vários anos até que recebi de presente uma imagem da Virgem de uma pessoa que ouviu meu relato e revelou-me que se tratava de “a Aparecida”, padroeira do seu país, padroeira do Brasil, e começou o interesse por conhecê-la, acercar-me a seu Santuário e cumprir com seu chamado.
Neste ano de 2000, ano do Jubileu de Nosso Senhor, rumamos para o Rio com o objetivo de conhecer “a Aparecida”. Esperavam-nos  a tia e os primos que se encarregaram de organizar a viagem.Chegamos ao Rio no domingo e na segunda-feira cedinho, estávamos no ônibus rumo ao Santuário, uma promessa, responder ao chamado.
As lágrimas contidas, a emoção invadindo-me ante a presença dessa imagem, o que durante tanto tempo tinha sido um sonho, era uma realidade, estava frente a Ela, um profundo silêncio e o som do meu coração acompanhando minhas preces, agradecendo esse momento e todos os gratos momentos da minha vida.
Claro, que agora encontro um sentido a esse chamado, agradecer uma forma de vida, de poder desfrutá-la com sofrimentos e alegrias, assim de simples, encontrar-me com o passado, com parte da minha vida, com as lembranças e com o presente, nada mais, agradecer esse momento, poder estar e sentir sua Presença, sua Presença no meu coração e no de muitos que a conhecerão por um sonho.
Assim eu a vi no meu sonho, igual à imagem do meu sonho, foi assim que a encontrei.

Héctor Osvaldo boy – 29-12-2000