Muito tem se falado nas últimas
décadas sobre a necessidade do divórcio como sendo uma solução
aos problemas matrimoniais e até como pré-requisito para embarcar
numa relação matrimonial.
Mas,
até que ponto não pode ser evitado?
O
princípio: “não reclame direitos, evite acidentes”, amplamente
utilizado nas normas de trânsito como “Direção Defensiva”, se
aplica perfeitamente a todos os âmbitos da nossa vida.
Assim
como no trânsito não adianta reclamar o direito de estar certo, se
já está morto, também na nossa vida temos que prevenir os males
para não ter que lamentar os desfechos ruins.
Não
tentando generalizar, a maioria das desavenças matrimoniais graves
que levam ao divórcio poderiam ter sido evitadas.
MOTIVOS PARA INICIAR UM
RELACIONAMENTO MATRIMONIAL:
O
matrimônio é uma VOCAÇÃO, não um emprego, não uma forma de
fugir da tutela dos pais, não uma maneira de se mostrar aos outros,
não é uma maneira de achar a felicidade perfeita, não uma maneira
mais cômoda de satisfazer o instinto sexual (o conjugue sempre a mão
em casa), não e o jeito de ter quem faça almoço e lave a roupa e a
casa (mesmo que vai fazer isso), e sei lá que mais motivos errados
levam pessoas ao matrimônio.
Se
não se encara o matrimônio como vocação, não vai dar certo,
fique solteira(o)!
A
VOCAÇÃO é aquilo que gostamos, para o que toda nossa natureza nos
impulsa, e para o que empregamos nossa dedicação, amor, sacrifício.
Quantas
pessoas se casam já lamentando desde o início o que vão ter que
deixar para atrás! Não pode dar certo! Se não sente que o que tem
que abrir mão não vale tanto quanto o matrimônio que vai iniciar…
fique solteira(o)!
A
busca da FELICIDADE tem sido um motivo quase constante de união de
casais, mas tem se esquecido que A FELICIDADE NÃO É UM CAMINHO DE
IDA, SÓ É UM CAMINHO DE VOLTA.
Uma
vez alguém me disse: “você quer casar, mas as vezes a felicidade
não vai por aí”, eu respondi: “não quero casar PARA ser feliz,
eu JÁ SOU FELIZ”. Só quero ser feliz COM OUTRA PESSOA.
Compartilhar a felicidade, fazer feliz a(o) outra(o).
ESCOLHA DO CONJUGUE
Ame
com o coração, mas ESCOLHA COM A CABEÇA!!
É
bastante comum em gente jovem se “apaixonar do AMOR e não da
PESSOA”. Se entusiasma com alguém e fantasia seu amor vendo no
outro o que só está na sua cabeça, ou seja, AQUELE rosto com as
qualidades que EU quero.
Vê
só o que quer ver, e não tenta CONHECER a fundo a outra pessoa.
Por
isso é tão importante o NAMORO, suficientemente longo para conhecer
pelo menos basicamente a(o) outra(o).
E conhecer não é na cama, é na
conversa, no convívio em sociedade, com a família, nas saídas e não
só os dois, senão também entre amigos.
Conhecer
os gostos, as atitudes perante as diversas situações, o trato com
os outros, as virtudes e os defeitos.
E
depois coloque a cabeça a funcionar. Todos temos defeitos e devemos
amar nosso(a) companheiro(a) COM OS DEFEITOS, não APESAR DOS
DEFEITOS. Há uma grande diferença entre amar COM e amar APESAR.
Amar
APESAR, como a palavra o diz, é levar o peso dos defeitos do
outro(a), carga que se torna mais pesada a cada ano.
Amar
COM é quando conhecendo os defeitos do(a) outro(a) os sentimos como
parte deles, quando pensamos: se não tivesse esses defeitos não
seria ele(ela), seria outra pessoa que não é a que eu me apaixonei.
Aí eles não pesam.
Numa
palestra ouvi uma vez: “a maioria dos casamentos não dá certo
porque a mulher acha que vai mudar o homem, e o homem pensa que a
mulher não vai mudar”.
Cai na real!!!!!!!!!!!! mulheres!
Se
o rapaz que está namorando não tem limites para beber nas festas,
só por casar não vai deixar de beber, vai piorar com o tempo.
Se
gosta de ser o valentão… espere violência doméstica!
Se
você não gosta de cigarro… não namore rapazes fumantes!
Se
a maioria dos gostos dele são totalmente diferentes dos teus, espera
o que? Que ele mude o gosto dele para ser igual aos teus? Engano!!
vai ser uma quebra de braço todo dia, a toda hora e por tudo!
Se
é jogador, viciado, irresponsável na direção, etc. você NÃO VAI
MUDAR ELE, ele já está feito, depende de você escolher sopesando
os pró e os contras para não se arrepender depois.
Não case porque
tem PENINHA dele, vai se arrepender!! e não tem essa de “estou tão
apaixonada”, vou tratar da PAIXÃO mais adiante.
Cai na real!!!!!!!!!!!! homens!
A
mulher com quem quer casar é de carne e osso, vai ficar velha sim!
Como você, e aceite que vão envelhecer juntos, mulher não é carro
que quando fica velho troca por modelo mais novo!
A
namorada só fala coisas doces? Acha que vai falar melado durante 10,
20, 30 anos de matrimônio? Que vai ficar com esse sorriso apaixonado
trocando fraldas de bebê berrando e com uma ou mais noites sem
dormir? Não é boneca!
A
PAIXÃO: AMIGA OU VILÃ?
Paixão
NÃO É AMOR, e muitas vezes as pessoas confundem, e ai, não dá
certo.
PAIXÃO
é o primeiro impulso, o que leva a gostar de alguém de forma muito
especial, é o motor de arranque de um relacionamento, mas não é a
gasolina que vai fazer andar o resto da vida.
A
PAIXÃO É PASSAGEIRA, O AMOR É ETERNO.
A paixão surge sem pedir permissão
e não quer ser mandada embora. A paixão é cega.
O
amor se conquista, se constrói ao longo do tempo e tem que ser
continuamente alimentado e cuidado para não morrer.
Matrimônio
que é só paixão dura no máximo 6 anos (a crise dos 6 anos),
depois desse tempo (e as vezes antes) a paixão vai-se embora sem
avisar sequer. Se nesse meio tempo não se CULTIVOU o AMOR VERDADEIRO
o relacionamento já era.
O “EU”
O
grande inimigo do matrimônio é o EU. O “deus EU”, endeusado
pela nossa sociedade de consumo, divulgado pela mídia e redes
sociais, e alimentado constantemente pela indústria e o comércio.
EU
quero, EU gosto, EU penso, EU mereço, MINHA vontade, MEUS direitos,
EU….MEU….MINHA….. e por aí vai.
Relacionamento
a dois é SEMPRE NÓS.
Na compra venda de imóveis eu
sempre digo que “negócio bom é quando todos saem ganhando”
No matrimônio também tem que ter
esse equilíbrio, onde as decisões sejam tomadas de maneira que
nenhum dos dois fique prejudicado.
Não quer dizer que todas as
situações serão igualmente satisfatórias para ambos, existem
interesses diversos, situações em que ambos não estão a fim de
fazer a mesma coisa, mas tem que ter um EQUILÍBRIO.
Quer uma receita fácil? Se cada um
decide pensando NO QUE O OUTRO GOSTARIA, garanto que na soma final
ambos ficam satisfeitos, é a lei do “a felicidade é um CAMINHO DE
VOLTA”.
Temas de matrimônio e amor neste blog:
REFLETINDO E APROFUNDANDO: PARA QUE O AMOR SEJA ETERNO
REFLETINDO E APROFUNDANDO: O VERDADEIRO VALOR
No meu outro blog DEIXANDO RASTROS:
DEIXANDO RASTROS: VIVER UM GRANDE AMOR
Autora: Lilia Diana